O Brasil mantém tratativas com nove laboratórios ou centros de pesquisa atuando em estudos e no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19. Com os responsáveis pelas vacinas Oxford e Astrazeneca e do consórcio da OMS Covax Facility, já foram celebrados acordos para a aquisição de 140 milhões de doses no primeiro semestre de 2021, que serão disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunização.
O balanço foi apresentado hoje (8), em entrevista coletiva do Ministério da
Saúde. As nove iniciativas de pesquisa são: Oxford/Astrazeneca (Reino Unido),
Sinovac/Butantan (China), Pfizer (Estados Unidos e Alemanha), Sinopharm
(China), Sputinik5 (Rússia), Covaxx e Novavax (Estados Unidos), Janssen
(Bélgica) e Merck (Estados Unidos, França e Áustria).
No caso da vacina de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável
por sua fabricação no Brasil a partir da transferência de tecnologia do
laboratório Astrazeneca, deu entrada no processo de submissão contínua na
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Este é o momento em que os
proponentes de uma vacina começam a fornecer informações e abrem o processo de
análise pela Anvisa.
De acordo com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, há perspectiva de
resultados dos estudos da Fase 3 em novembro ou dezembro. Esta é a etapa em
que a substância é analisada em sua aplicação em humanos. Os testes estão a
cargo da Universidade Federal de São Paulo (USP).
Pelo acordo firmado, a Fiocruz vai receber o ingrediente farmacêutico ativo e
deve terminar a primeira entrega de 30 milhões de doses até janeiro de 2021.
Para o primeiro semestre do próximo ano, mais 100 milhões de doses. O intuito
é ter no segundo semestre entre 100 e 165 milhões, totalizando entre 200 e 265
milhões no ano que vem. “Isso depende da complexidade do processo de
incorporação de tecnologia”, justificou Nísia Trindade.
Agência Brasil