A Justiça do Ceará instaurou um procedimento para apurar possíveis irregularidades realizadas pela coordenadora do abrigo municipal “Espaço Vida”, em Tianguá, após um casal ter ficado com a guarda de um bebê de 4 meses durante 20 dias. Após esse período, a justiça determinou, no mês de outubro, que o processo de adoção estava irregular e que eles precisariam devolver o bebê para a instituição de acolhimento.
O Juiz Titular da 3ª Vara da Comarca do município, Bruno dos Anjos, instaurou
um procedimento nesta sexta-feira (13) para apurar possíveis cometidas pela
coordenadora Marília Pinto de Carvalho. Já o Ministério Público do Estado do
Ceará (MPCE) irá averiguar se houve favorecimento para os pretendentes à
adoção por parte da gestora do abrigo, após bebê de quatro meses ser liberado
sem autorização judicial para residir por três finais de semana em residência
de casal.
A coordenadora do abrigo afirmou que só irá se posicionar oficialmente sobre o
assunto somente na presença do advogado, reforçando que sua luta principal é o
retorno do bebê para a família. “Por enquanto, não quero me defender. Tenho
minha defesa, tenho provas de que é uma prática comum, mas quero que primeiro
a criança volte (para o casal)”, afirmou Marília.
Em documento, o juiz aponta ter autorizado somente o chamado “fortalecimento
de vínculos” no caso específico, que consiste “apenas e tão somente, em
conhecer a criança no próprio acolhimento municipal e de forma gradual,
conforme conversas registradas com a coordenação do acolhimento”.
Bruno do Anjos acrescenta ainda que a maneira oficial e correta de realizar o
“fortalecimento de vínculos” é de conhecimento de todos os profissionais que
atuam no acolhimento municipal e que é procedimento seguido em outros casos.
G1