A piora no quadro da pandemia tem elevado pressões sobre o governo por novos planos de socorro aos mais vulneráveis. O auxílio emergencial conseguiu chegar a mais de 70 milhões de desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de outros programas sociais. Há a expectativa para que, nas próximas semanas, o Congresso Nacional avalie a sua prorrogação por mais seis meses. Enquanto ainda não há uma definição, as incertezas sobre o seu futuro preocupam comerciantes da cidade de Santa Quitéria.
Empresários e funcionários de lojas ouvidos pelo
A Voz de Santa Quitéria relataram o impacto positivo que tiveram
no auge do auxílio para evitar que o setor tivesse prejuízo, no entanto,
sentem um temor com a insegurança da continuidade dele. Para a gerente de
supermercado, Suzy Paiva, "a gente vai aprender a se adaptar a nova situação,
porque o governo não tinha como sustentar esses meses todos". "A gente
agradece que foi uma época boa, ajudou bastante, principalmente o comércio
alimentício", completou.
Regigon Brito, proprietário de loja de construção, contou ter sentido
diminuição do faturamento com o fim do auxílio, entretanto, acredita que com a
chegada do inverno, há perspectiva de melhora nas vendas. "O auxilio deu uma
alavancada no nosso comércio, que as vendas aumentaram e nós aumentamos nossas
compras. Uma corrente positiva que deu na economia em si", declarou.
Já para o gerente de loja de eletrodomésticos, Jociélio Sousa, o benefício
permitiu aumentar o poder de compra dos quiterienses, bem como as próprias
atividades econômicas de Santa Quitéria. "Já era bom, com o auxilio ficou
melhor ainda. No entanto, com o fim dele deu uma esfriada, mas isso não
significa que ficou ruim a movimentação", avaliou.
A última estatística sobre o
Auxílio Emergencial em Santa Quitéria, divulgada em agosto de 2020 pelo
A Voz de Santa Quitéria, revelava que, ao menos, 6,7 mil famílias foram atendidas. Quase 10 mil
pessoas beneficiadas direta ou indiretamente, levando em conta os contemplados
e familiares.