O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira (26), da cerimônia de
assinatura de três ordens de serviços para obras em rodovias federais no
Estado, em Tianguá. O gestor chegou por volta do meio-dia e foi visto em carro
aberto lotado. Sem utilizar máscara, o presidente acenou e tirou selfies com
apoiadores que o aguardavam no município. Bolsonaro ainda ordenou que sua
equipe retirasse as grades que impediam o acesso do público ao evento onde
esteve presente. Em consequência, a ação intensificou a aglomeração
local.
No início da coletiva, o Prefeito de Tianguá, Luiz Menezes (PSD) foi o
primeiro a discursar e foi vaiado durante toda a sua declaração. Em sua
fala, ele pontuou sobre a obra paralisada há uma década e agradeceu a vinda
do presidente ao município.
“Hoje é o dia que eu quebro mais uma coisa ruim que aconteceu em Tianguá.
Nós recebemos aqui um projeto para fazer uma BR, esse projeto parou no meio
do caminho e nunca mais foi retomado. (...) jamais um presidente pisou nessa
terra não para pedir favor, mas para resolver problemas que ficaram
enganchados por governos anteriores. É uma obra que vai ficar marcada não só
para história de Tianguá, mas pra Região Norte do Estado”, disse o
Prefeito.
Antes da fala principal do atual presidente, também discursaram o
diretor-geral do Dnit, General Antônio Leite dos Santos Filho, o ministro da
Infraestrutura, Tarcísio Freitas e o deputado federal Domingos Neto. Além
deste, quatro dos 22 deputados federais da bancada cearense estavam
presentes na comitiva: AJ Albuquerque (PP), Capitão Wagner (Pros), Domingos
Neto (PSD) e Doutor Jaziel (PL). Além deles, o deputado estadual
bolsonarista André Fernandes (Republicanos).
Ovacionado com gritos que diziam “quero trabalhar”, “mito” e “fora Camilo
Santana”, o presidente Jair Bolsonaro iniciou o seu discurso alfinetando
gestores sobre as medidas impostas no combate da pandemia.
“Aos políticos que me criticam, sugiro que façam o que eu faço. O que eu
mais ouvi por aqui foi ‘presidente, eu quero trabalhar’. O povo não consegue
mais ficar dentro de casa, o povo quer trabalhar. Esses que fecham tudo, que
destrói empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer. Não me
critiquem, vão pro meio do povo mesmo depois das eleições”.
O presidente não citou em nenhum momento qualquer medida contra a Covid-19
ou sobre o benefício do auxílio emergencial. Entretanto, deixou claro que
apesar das críticas que recebe diariamente não irá desistir, pois se
considera “imbroxável”.
Por fim, Bolsonaro afirmou que acredita no povo brasileiro e agradeceu a
oportunidade de estar no Ceará. “Nosso Brasil acima de tudo, Deus acima de
todos”, finalizou.