O policial militar que apresentou surtos psicóticos e disparou tiros para cima na tarde deste domingo (28), na região do Farol da Barra, em Salvador, morreu no Hospital Geral do Estado (HGE). A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O PM, identificado como Wesley Soares Góes, era noivo e trabalhava na 72ª CIPM
havia pelo menos quatro anos. Ele foi baleado após 3h30 de negociação com
equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), no início da
noite. Wesley Góes foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento
Médico de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Segundo o major da 72ª CIPM, Hosannah Santos Rocha, o soldado chegou a ficar
intubado, mas não resistiu. A família informou que Wesley Góes nunca tinha
apresentado surtos. Durante a situação, ele estava com o rosto pintado de
verde e amarelo.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), o policial foi baleado
após disparar com fuzil contra guarnições do Batalhão de Operações Policiais
Especiais e terminou neutralizado. Após o PM ser baleado, jornalistas foram
alvos de tiros de borracha após tentativas dos policiais de afastarem os
profissionais da imprensa do local.
Em nota, o Sinjorba afirmou que "condena veementemente o comportamento dos
policiais envolvidos neste lamentável episódio". A instituição também contou
que "não havia qualquer necessidade de agir daquela maneira pois os
jornalistas estavam trabalhando e não representavam qualquer ameaça aos PMs ou
à operação". Equipes da Superintendência de Trânsito do Salvador
(Transalvador) desviaram o trânsito no Farol da Barra para a Rua Barão de
Itapuã.
Nota da Polícia Militar
"A Polícia Militar lamenta profundamente o episódio que ocorreu neste domingo
(28), no Farol da Barra, quando todos os esforços foram feitos por um final
pacífico durante um possível surto de um PM. O Batalhão de Operações Policiais
Especiais adotou protocolos de segurança e o policial militar ferido foi
socorrido imediatamente pelo SAMU. A corporação tomou conhecimento ainda de um
vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um
policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e
ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado".
Portal G1