O Ministério da Saúde informou na noite desta quarta-feira (26) que o Brasil
tem sete casos confirmados da variante indiana do novo coronavírus, a chamada
B.1.617. São seis casos em São Luiz, no Maranhão, e um em Campos dos
Goytacazes, no Rio de Janeiro.
Além disso, segundo a pasta, outros três casos suspeitos são monitorados, em
Minas Gerais e no Pará, e aguardam a conclusão de sequenciamento genético. "Os
casos no DF e CE foram descartados para a nova variante", informou o
Ministério ao G1. O caso que o Ministério associa a Campos dos Goytacazes é o
do viajante que chegou da Índia ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, e foi
diagnosticado nesta quarta com a variante indiana do coronavírus.
A variante já foi oficialmente detectada em 49 países e 4 territórios, segundo
relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado nesta quarta. De
acordo com o documento da OMS, a B.1.617 é mais contagiosa em uma comparação
inicial com a variante britânica, mas ainda é investigado se ela está
relacionada a quadros mais graves de Covid-19 e se ela aumenta o risco de
reinfecção.
Trajetória da variante
A variante indiana foi registrada pela primeira vez na Índia em outubro do ano
passado. Com a explosão de casos no país e sua disseminação no Reino Unido,
ela passou a preocupar o mundo. Isso ocorreu, segundo os infectologistas,
porque provavelmente a variante se tornou mais transmissível após mutações
sofridas desde a sua descoberta.
Apesar de ter sido notada no ano passado, foi somente em 10 de maio que a
Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante B.1.617 como
"preocupação global". "Existe alguma informação disponível que indica uma
transmissibilidade acentuada", disse a líder técnica da OMS, Maria van
Kerkovh, durante anúncio. Essa variante possui três versões identificadas até
o momento: B.1.617.1, B.1.617.2 e B.1.617.3. Todas foram descobertas
primeiramente na Índia.
Portal G1