Ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresente uma "evolução satisfatória" e a possibilidade de uma nova cirurgia tenha sido quase descartada, a avaliação dos cirurgiões é a de que as próximas 48 horas serão decisivas para esta decisão. E para que uma nova intervenção não ocorra e assim o presidente consiga ter alta, os médicos passaram a realizar tratamentos terapêuticos para melhorar a situação de seu aparelho digestivo.
A terapia alternativa que visa evitar uma nova cirurgia consiste em realizar
jejum oral, ingerir soro de hidratação e reposição de glicose e eletrólitos -
como sódio e potássio. Por fim, o líquido acumulado no estômago precisa ser
drenado por meio de uma sonda nasogástrica.
"Dada a facada que eu recebi e quatro cirurgias, essa obstrução [intestinal] é
sempre um risco muito alto. Mas, graças a Deus, de ontem [quarta] para hoje
[quinta], evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está
bastante afastada", declarou Bolsonaro em uma entrevista a um programa de
televisão.
O médico que realiza seu acompanhamento, doutor Antônio Macedo, corroborou com
a versão apresentada pelo presidente."A cirurgia, a princípio, está afastada,
uma vez que o intestino começou a funcionar e o abdome está mais flácido e
mais funcionante".
A equipe médica mantém cautela para realizar uma nova cirurgia pois a cada
intervenção, maiores as chances do corpo de Bolsonaro desenvolver novas
obstruções intestinais no futuro. Isso ocorre com pessoas que tiveram o
perfuramento de órgãos na região abdominal. Através do boletim médico
divulgado na última quarta-feira (15), o hospital Vila Nova Star informou que
"foi retirada a sonda nasogástrica e planeja-se o início da alimentação para
amanhã [sexta-feira].”
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