Para Antônio José Costa, assessor de economia do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Ceará (Sindipostos-CE), é errado especular o preço dos combustíveis. “Não dá para prever a que preço deve chegar. Primeiro que o preço está sendo impactado por uma guerra, e segundo, o mercado é livre e é quem determina a quanto chegará. Temos que ter calma para avaliar que estamos em um cenário de guerra”, disse.
Na visão do assessor, a Petrobras está tentando equilibrar a situação. “A empresa está andando no fio da navalha para equilibrar a vontade do povo, do acionista, que não quer perder dinheiro, e do mercado de commoditie, que oscila o tempo inteiro. É preciso ter tranquilidade para saber quanto será o valor e quem se sentir afetado pelo preço deve se adaptar e procurar rodar menos de carro”, ressaltou.
Ainda de acordo com o assessor econômico do Sindicato, “o impacto não deve ser sentido de forma tão intensa pelo consumidor da gasolina, mas sim do diesel. Quem sente tem que se adaptar, pois a culpa não é do governo, nem do posto de combustível e nem da distribuidora, e sim da guerra”.
O fato é que com os novos valores, o preço médio da gasolina da estatal para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, avanço de 18,8%. Já o óleo diesel passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. O novo aumento é um impacto direto da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Em razão do conflito, o preço do barril de petróleo tipo brent, referência ao mercado, disparou, superando os US$ 110 e chegando ao maior patamar desde 2014.
O Otimista