Nas últimas semanas, protestos realizados por alunos contra assédio sexual nas escolas estaduais de Fortaleza e do Interior do Ceará, ganharam grande repercussão no Estado. Outros Municípios como Sobral e Pedra Branca tiveram manifestações com cartazes e carro de som.
Na Escola Estadual de Ensino Profissional Lysia Pimentel, em Sobral, aconteceu
protestos por parte dos estudantes, pais e moradores locais. Nesse caso, o
professor acusado foi encaminhado até a delegacia da mulher, onde aconteceu
todas as medidas necessárias. Além disso, a direção da escola é acusada de
omitir as denúncias, pois segundo os estudantes os casos já estavam em
conhecimento das autoridades da instituições.
Em Pedra Branca, a Escola Estadual de Ensino Profissional, Antônio Rodrigues
de Oliveira, também aconteceu uma movimentação na semana passada. Alunas se
reuniram em frente ao prédio da eeep, com cartazes, carro de som e microfones.
Um convite para o protesto foi publicado no Instagram um dia antes da ação.
“As alunas da EEEP Antônio Rodrigues de Oliveira convidamos a população de
Pedra Branca para se fazer presente no protesto contra assédio e outros abusos
que vem acontecendo na dependência da escola”, declara a estudante Bianca
Martins, na legenda da publicação do Instagram
(veja a publicação abaixo). Os professores acusados foram afastados dos
seus cargos institucionais.
Em Fortaleza, as manifestações ocorreram na quinta-feira (17), quando
estudantes da uma escola de rede pública estadual, realizaram as ações,
carregando cartazes com frases de protestos nos corredores da instituição, no
Conjunto Ceará.
No entanto, não é a primeira vez que casos como esses de assédio contra
estudantes já ficaram conhecidos em todo o Ceará. Em 2020, hashtag como
#ExposedFortaleza e #ExposedSobral, ficaram conhecidas por denunciar
assédio sofrido pela alunas de rede pública e privada.
A Secretaria da Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE), se pronunciou
sobre os casos. "Desde o momento das denúncias, a Seduc está tomando as
providências necessárias para que os fatos sejam apurados dentro da
legalidade, assegurando a proteção ao sigilo individual dos estudantes, que
são menores de idade. As situações específicas estão sendo acompanhadas junto
aos demais órgãos, dependendo da natureza da denúncia. Para garantir a
transparência e a preservação do espaço escolar e dos envolvidos na apuração,
a Seduc já havia afastado os profissionais do ambiente escolar", um trecho da
declaração do Órgão Estadual.